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Ilustração: Sergio Ricciuto Conte |
José Ulisses Leva é padre secular e professor de História da Igreja da PUC-SP.
Num instante de amor Deus nos criou. “Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo à nossa semelhança” (Gn 1, 26). A Misericórdia, o carinho e o afeto de Deus são imensos. “Quando Deus criou o ser humano, ele o criou à semelhança de Deus. Criou-os homem e mulher, e os abençoou” (Gn 5, 1). No Mistério da Encarnação (cf Lc 1,35), Jesus Cristo nasceu na Sagrada Família de Nazaré (cf Lc 1, 27), para nos salvar.
Num instante de amor Deus nos criou. “Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo à nossa semelhança” (Gn 1, 26). A Misericórdia, o carinho e o afeto de Deus são imensos. “Quando Deus criou o ser humano, ele o criou à semelhança de Deus. Criou-os homem e mulher, e os abençoou” (Gn 5, 1). No Mistério da Encarnação (cf Lc 1,35), Jesus Cristo nasceu na Sagrada Família de Nazaré (cf Lc 1, 27), para nos salvar.
A Igreja sempre esteve atenta às tristezas e angústias do
nosso tempo. O Concílio Ecumênico Vaticano II aponta para Deus, mas coloca o
Homem como referência das preocupações e indica a todos as alegrias e as
esperanças (GS, n 1). Assim, nossa centralidade
está em Deus Uno e Trino e nosso diálogo se dá com a humanidade.
Atualmente, o Papa Francisco utiliza nos Documentos, Homilias e Pronunciamentos
uma linguagem singela, mas carregada de profundidade. Francisco sugere, não
impõe. Indica, não aponta. Propõe, não dificulta. Seguindo-o, precisamos ir ao
coração e ao âmago das questões familiares. Como fazer uma parceria entre
Igreja e família? O que esperar do Sínodo sobre a Família no mundo
contemporâneo? Certamente, as atenções e preocupações sobre a família, estão
presentes nos pensamentos e atitudes do Papa Francisco. Assim, como o Altíssimo
Deus cerca-nos de Misericórdia, o Papa, como Pai de todos os fiéis batizados,
também se preocupa com todos os cristãos, sobretudo, com as famílias.
Quais os temas mais cruciais que o Sínodo deve expor diante
dos homens e mulheres do nosso tempo? Vários temas sobre a Família, o Papa
Francisco, tem elucidado nas suas Homilias e Discursos, diante dos Prelados e dos
demais ouvintes na Praça de São Pedro. Recentemente, o Sumo Pontífice
brindou-nos com a Bula Misericordiae
Vultus, tendo por motivação central o rosto misericordioso de Deus. “O perdão de Deus não pode ser negado a quem
quer que esteja arrependido, sobretudo quando um coração sincero se aproxima do
Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai” (Carta do Papa
Francisco com a qual se concede indulgência por ocasião do Jubileu
extraordinário da Misericórdia, endereçada a Dom Rino Fisichella, em 01 de
setembro de 2015). De fato, quaisquer que forem as propostas apresentadas,
todas devem ser guiadas e abalizadas pela Sagrada Escritura. Grande prova de
Amor manifestou Deus quando nos criou, especialmente, Cristo Jesus, que por nós
morreu e ressuscitou (Ef 1, 20). Assim, a Igreja presente e visível em todos os
Continentes, quer o melhor para seus filhos e filhas, pois nela, Deus
constituiu Jesus Cristo “como cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude
daquele que se plenifica em todas as coisas” (Ef 1, 22).
Assim, diante das expectativas e especulações do Sínodo, como
cristãos participantes da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, qual deve
ser nossa atitude? Reticente? Ouvinte? Envolvido? Historicamente, no século do
Conciliarismo (século XV), a Igreja gemia e se encontrava dividida. Santa
Catarina de Sena e Santa Brígida da Suécia, entre tantos outros homens e
mulheres, rezaram para a Unidade da Igreja. Voltemos, também, nossos olhos a
Deus e nossos corações aos lares que sofrem e busquemos sincera e retamente, à
Luz da Sagrada Escritura, o melhor para as famílias. Rezemos pelo Papa
Francisco e por todos os Padres Sinodais. Esse é o momento privilegiado para buscarmos
o melhor para as famílias, com o mesmo espírito fraterno das comunidades
primitivas assíduas na oração e na partilha (cf Jo 14, 15-17).
Jornal "O São Paulo", edição 3075, 28 de outubro a
3 de novembro de 2015.
Muito bom!
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