Ilustração: Sergio Ricciuto Conte |
Ives Gandra da Silva Martins é Professor
Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU, do CIEE/O ESTADO DE
SÃO PAULO, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME, Superior
de Guerra - ESG e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região;
Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres
(Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa das Universidades de
Craiova (Romênia) e da PUC-Paraná, e Catedrático da Universidade do
Minho (Portugal); Presidente do Conselho Superior de Direito da FECOMERCIO -
SP; Fundador e Presidente Honorário do Centro de Extensão Universitária -
CEU/Instituto Internacional de Ciências Sociais - IICS.
A maioria esmagadora da população, no Brasil, acredita em
Deus. É silenciosa, não tem acesso aos órgãos de imprensa, defende valores,
abomina a corrupção, adota a visão familiar plasmada na Constituição e não
aquela criada pela Suprema Corte, à margem da lei suprema, transformando
sociedade civil de pares do mesmo sexo –o que é legítimo— em casamento, o que é
juridicamente inconstitucional, por mais que o Supremo declare o
contrário.
Há todo um movimento, hoje, de “fundamentalismo ateu”
orquestrado por uma minoria estridente que se infiltrou nos meios de
comunicação, nos poderes constituídos e que se esconde atrás da expressão do
“politicamente correto”. Assim, age este punhado de ativistas que pretende
decidir o que é melhor para o país contra a imensa maioria da população
silenciosa.
Desta forma, a pronuncia de qualquer frase fora do contexto
é suficiente para enxovalhar a honra de excelentes cidadãos, muito mais do que
a corrupção deslavada e o pisoteio de convicções alheias. Basta dizer que, para
tais desfiguradores da moral, é Arte tudo aquilo que possibilite os maiores
atentados à cidadania, aos
valores da maioria da população e a Deus, não se admitindo qualquer contestação mais densa contra os desvios destes arautos da desconstrução moral.
valores da maioria da população e a Deus, não se admitindo qualquer contestação mais densa contra os desvios destes arautos da desconstrução moral.
Tenho a impressão de que chegou o momento de a maioria
silenciosa manifestar-se, opor-se a esta falsa democracia, em que a minoria que
corrói valores impõe a sua visão desagregadora sobre a maioria do povo. Numa
democracia, prevalece sempre a vontade da maioria, respeitados os direitos da
minoria, mas jamais admitindo que tais direitos minoritários sejam impostos
para silenciar as convicções da maioria da população, principalmente no campo
da moral individual, familiar e coletiva.
Temos que lutar para encerrar esta sufocante ditadura do
pseudo “politicamente correto” e das minorias estridentes.
Jornal "O São Paulo", edição 3176, 23 a 28 de
novembro de 2017.
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