Wagner Balera é professor titular de Direitos Humanos na Faculdade de Direito da PUC-SP e conselheiro do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP.
Parece que a comunidade internacional se deu conta, no início do terceiro milênio, que o grande desafio a ser vencido por ela é o do desenvolvimento. Não é por outra razão que a Cúpula do Milênio, a mais importante reunião mundial já realizada em toda a história, reunindo mais de 190 países, houve por bem definir a necessidade de enfrentar e resolver os assim chamados Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, conhecidos pela sigla ODM, que dentre outros temas deveria tomar providências para a erradicação da pobreza. Fora fixado um prazo, de 15 anos, que venceu em 2015, e foram dados passos concretos para o enfrentamento das grandes questões sociais do nosso tempo.
No entanto, novo desafio foi apresentado desta feita, não como continuidade da primeira proposta, mas como uma especificação cabal dessa. Então, foram configurados os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, designados ODS, que, para além da questão do desenvolvimento puro e simples, propõem a implementação de medidas para que fosse capaz de ser implementado sem ofensa aos recursos ambientais e com a preservação do ecossistema, além de, igualmente, com a segurança alimentar, a questão energética, a da água, a do saneamento e, em suma, a preservação do mundo habitável. Essa agenda espantosa deve ser implementada até o ano de 2030.
Quem insere novo tópico na agenda da Doutrina Social da Igreja é o Beato Paulo VI, que há 50 anos lançava a Encíclica Populorum Progressio sobre o tema do desenvolvimento.
Dois pontos do documento revelam sua atualidade. O primeiro afirma que “o desenvolvimento é o novo nome da paz”. Ninguém dúvida desse imperativo ético universal. Importa irradiar a paz mediante equitativa distribuição dos bens deste mundo, porque é dever grave dos povos desenvolvidos cooperar com aqueles que estejam em vias de desenvolvimento. O segundo responde à elementar questão: qual desenvolvimento?
E o Pontífice afirma: o verdadeiro desenvolvimento só pode ser integral, vale dizer, o do homem todo e de todos os homens. Progresso meramente econômico sem repercussão na esfera social e, igualmente, na dimensão cultural não é conforme à ética.
Parece uma pauta simples, mas é de extrema complexidade e exige, decerto, a implantação de outra ordem econômica mundial capaz de quebrar as cadeias permanentes de degradação da maioria dos povos em favor de quem, desde o colonialismo, sempre amealha cada vez mais.
Parece que a comunidade internacional se deu conta, no início do terceiro milênio, que o grande desafio a ser vencido por ela é o do desenvolvimento. Não é por outra razão que a Cúpula do Milênio, a mais importante reunião mundial já realizada em toda a história, reunindo mais de 190 países, houve por bem definir a necessidade de enfrentar e resolver os assim chamados Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, conhecidos pela sigla ODM, que dentre outros temas deveria tomar providências para a erradicação da pobreza. Fora fixado um prazo, de 15 anos, que venceu em 2015, e foram dados passos concretos para o enfrentamento das grandes questões sociais do nosso tempo.
No entanto, novo desafio foi apresentado desta feita, não como continuidade da primeira proposta, mas como uma especificação cabal dessa. Então, foram configurados os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, designados ODS, que, para além da questão do desenvolvimento puro e simples, propõem a implementação de medidas para que fosse capaz de ser implementado sem ofensa aos recursos ambientais e com a preservação do ecossistema, além de, igualmente, com a segurança alimentar, a questão energética, a da água, a do saneamento e, em suma, a preservação do mundo habitável. Essa agenda espantosa deve ser implementada até o ano de 2030.
Quem insere novo tópico na agenda da Doutrina Social da Igreja é o Beato Paulo VI, que há 50 anos lançava a Encíclica Populorum Progressio sobre o tema do desenvolvimento.
Dois pontos do documento revelam sua atualidade. O primeiro afirma que “o desenvolvimento é o novo nome da paz”. Ninguém dúvida desse imperativo ético universal. Importa irradiar a paz mediante equitativa distribuição dos bens deste mundo, porque é dever grave dos povos desenvolvidos cooperar com aqueles que estejam em vias de desenvolvimento. O segundo responde à elementar questão: qual desenvolvimento?
E o Pontífice afirma: o verdadeiro desenvolvimento só pode ser integral, vale dizer, o do homem todo e de todos os homens. Progresso meramente econômico sem repercussão na esfera social e, igualmente, na dimensão cultural não é conforme à ética.
Parece uma pauta simples, mas é de extrema complexidade e exige, decerto, a implantação de outra ordem econômica mundial capaz de quebrar as cadeias permanentes de degradação da maioria dos povos em favor de quem, desde o colonialismo, sempre amealha cada vez mais.
Jornal "O São Paulo", edição 3165, 6 a 12 de setembro de 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário