Ilustração: Sergio Ricciuto Conte |
Isabelle Warzinczak é jornalista responsável da Revista Divina Misericórdia, publicação mensal do Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição, Curitiba-PR.
A Festa da Divina Misericórdia, comemorada no último domingo,
é uma grande celebração dentro do calendário da Igreja Católica. Nas revelações
de Jesus à grande mística polonesa Santa Faustina Kowalska (1905-1938) escritas
em seu Diário (A Misericórdia de Deus em minha Alma. Curitiba: Editora
Apostolado da Divina Misericórdia), Ele manifesta a Sua vontade: “Eu desejo que
haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel,
seja abençoada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa e esse
domingo deve ser a Festa da Misericórdia”. E, em outro trecho dos mesmos
Diário: “A tua tarefa e obrigação é pedir aqui na terra a misericórdia para o mundo
inteiro. Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir com confiança à
Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve
ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas
desta Minha grande e insondável misericórdia. Faço-te dispensadora da Minha misericórdia.
Diz ao teu confessor que aquela Imagem deve ser exposta na igreja, e não dentro
da clausura desse convento. Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às
almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela”.
Em 1999 a Missa votiva da Misericórdia de Deus foi integrada
ao Missal Romano, e no dia 30 de abril do ano 2000 o Papa São João Paulo II,
instituiu solenemente o segundo domingo da Páscoa como o Domingo da Divina
Misericórdia, devendo ser celebrado com vigor perpétuo por toda a Igreja. Neste
mesmo dia, o pontífice elevou a bem-aventurada Irmã Faustina aos altares,
proclamando-a Santa. São João Paulo II também se fez apóstolo da Misericórdia
Divina, reconduzindo a humanidade à contemplação do verdadeiro rosto de Deus,
em Cristo, Misericórdia Encarnada. Fez da Devoção à Divina Misericórdia uma das
tarefas primordiais do seu pontificado, e curiosamente deixou a vida aos 84
anos, no ano 2005, nas Vésperas do Domingo da Misericórdia, ou seja, no próprio
dia Litúrgico do Domingo da Misericórdia.
A Festa da Divina Misericórdia é o elemento mais importante
da Devoção à Divina Misericórdia, que inclui também a veneração da imagem de
Jesus Misericordioso, a Novena à Divina Misericórdia, a Liturgia das Horas e o
Terço, indicadas nas revelações de Nosso Senhor à Santa Faustina. A Festa da
Misericórdia é um refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os
pecadores. Nela, os fiéis também podem alcançar a indulgência plenária, ao cumprir
as seguintes condições: confissão sacramental com sincero arrependimento dos
pecados e propósito de emenda; devota participação na Festa da Misericórdia,
recebendo neste dia, com todo amor a Comunhão Eucarística; e rezar a oração do
Pai-Nosso e Ave Maria com uma prece na intenção do Santo Padre.
O devoto da Divina Misericórdia, deve ainda, buscar
realizar, no cotidiano da vida as seguintes ações: venerar a imagem de Jesus
Misericordioso; implorar a Misericórdia Divina para o mundo; divulgar com ardor
a mensagem de Jesus Misericordioso e praticar obras de misericórdia em favor do
próximo.
Jesus manifestou nas revelações de Santa Faustina o Seu
desejo de que todo o mundo conheça a Sua misericórdia. A Festa da Misericórdia
é um presente de Deus, ajude a divulgar essa Festa, na sua comunidade, na sua
família, para que a Misericórdia Divina alcance o maior número de almas.
Jornal "O São Paulo",
edição 3148, 26 de abril a 3 de maio de 2017.
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